quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

MOROSO


De mãos atadas escrevi
a minha sorte,
poemas fracos...suplências,
sobre tudo vertigens,
chego ao crepúsculo do sofrimento,
já sem forças até mesmo de respirar,
encontrando-me taciturno,
assaz perturbado...
...nem mesmo o calvário
suplanta-me a dor,
outrora como as gaivotas
em seus ninhos a repousar,
o tempo escuro,chuvoso,
um cálice amargo de amar,
num destino ensanguentado
a olho nu,
entre linhas virgens do sofrimento
um único pensar,
amar,amar e amar,
até o dia em que do sonho
acordarei.

(GABRIEL SOUZA)

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